"Vi um anão inglês e fiquei perturbado desceu-me a chávena ao peito como quem sofre julgava ter olhos para tudo e não os tive para isto um anão inglês a atravessar uma rua inglesa com um fato à inglesa muito curto e a mãozinha inglesa a dar a dar
Eu que ainda ontem escrevi um poema sobre os tamanhos fantasmas dos ingleses as pernas de oceano dos ingleses os braços florestais dos ingleses dei um salto para o chão e entornei a bebida sobre o pedinte que afinal também há nas casas de chá barato
"Dwarf! Dwarf! burning bright" "In the florest of the night"
Que nome lhe darão na intimidade? Vic? Jimmy? Christian Dwarf Road?
Deixá-lo-ão sair para o estrangeiro sem ser de circo? Quem já viu um anão inglês em Sintra? Mérida? Ferrara? Quem apertou o sexo aos ingleses e lhes pôs estas caras de infinito langor apertou também a ti?
"Did He smile His worke to see?" "Did He who made the Lamb make thee?"
Claro que isto são maneiras
Não vivo como o outro, preso pela espinha aos caudais da verdade. De um lado Buckinhgham Palaca do outro o cado do profundamente humano. E seria inglês, este anão?
2 comentários:
GREY'S ANATOMY!
"Vi um anão inglês e fiquei perturbado
desceu-me a chávena ao peito como quem sofre
julgava ter olhos para tudo e não os tive para isto
um anão inglês a atravessar uma rua inglesa
com um fato à inglesa muito curto
e a mãozinha inglesa a dar a dar
Eu que ainda ontem escrevi um poema
sobre os tamanhos fantasmas dos ingleses
as pernas de oceano dos ingleses
os braços florestais dos ingleses
dei um salto para o chão e entornei a bebida sobre o pedinte
que afinal também há nas casas de chá barato
"Dwarf! Dwarf! burning bright"
"In the florest of the night"
Que nome lhe darão na intimidade?
Vic? Jimmy? Christian Dwarf Road?
Deixá-lo-ão sair para o estrangeiro sem ser de circo?
Quem já viu um anão inglês em Sintra?
Mérida?
Ferrara?
Quem apertou o sexo aos ingleses
e lhes pôs estas caras de infinito langor
apertou também a ti?
"Did He smile His worke to see?"
"Did He who made the Lamb make thee?"
Claro que isto são maneiras
Não vivo como o outro, preso pela espinha
aos caudais da verdade.
De um lado Buckinhgham Palaca
do outro o cado do
profundamente humano.
E seria inglês, este anão?
Não seria italiano?" Maria Cesariny
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