quinta-feira, novembro 30, 2006

Um dia acordo e já não estás ao meu lado. Nem sequer no meu coração. Saímos da vida um do outro ao mesmo tempo, sem uma explicação. De quem foi a escolha?
Como é que ontem eras tudo e hoje és pouco menos que nada? Não percebo o Amor, nunca percebi este amor. Nunca encaixámos, e no entanto foi perfeito. Fica o cheiro dos dias vazios nos braços um do outro, fica o calor do teu cigarro nas páginas do meu livro. Fico eu nesta casa enorme de silêncios e flores nos vasos, onde não fazes falta, mas que não é a mesma sem ti. Nem eu sou a mesma. Mas não sou pior, nem mais triste. Apenas diferente. Acabou o Amor, acabou o diálogo, acabaram os silêncios que bastavam entre nós. Acabou. Não me esqueças, vais estar sempre no meu coração, sem dor e sem nada, porque o que acabou em mim acabou ao mesmo tempo em ti. Simplesmente, sem explicação. Foste embora e agora acordo e não estás aqui ao meu lado. Tenho saudades do teu cabelo despenteado na almofada, mas é só. Talvez um dia voltes e tudo volte contigo. Não vou pensar nisso. Agora quero arrumar numa gaveta as tuas fotografias e os teus retratos de mim. Não me vejo como me vias, nunca fui o que pintavas. Não voltarei a ser.

3 comentários:

martuxa disse...

e um post eneagrama, minha cumplice? um beijao!!

Mar disse...

Verinha!
Confesso que fiquei sem palavras e com um grande nó na garganta quando li o teu texto. É lindo e há-de tocar todas as pessoas que já tenham vivido algo com alguém que não deu resultado...

Anónimo disse...

lindo. não resisti e vim reler posts antigos. lindo lindo lindo.

primAna