domingo, fevereiro 28, 2010

Sábado quase Domingo

Os meus novos amigos, T. e P., mesmo 24h depois, deixam-me doente de dores de cabeça. Mas com o tempo isto vai.
Estes 150/h ameaçados hoje pelas meninas dO Tempo fazem bater portas - as que se fecham e depois as que se abrem em consequência, ou se não é em consequência parece ou podia ser. Era mesmo verdade, parecia só conversa de quem (se) quer consolar mas estas coisas acontecem de facto. Então obrigada pela razão que já existia sem sabermos. Já sabíamos, não é verdade?, sabemos sempre o que esperar, mesmo sem o sabermos.
Já não estou assustada. Já não tenho medo. Não deixei de ter os medos, mas este já não tenho. Está tudo bem. Está tudo muito bem e vai ser óptimo. Vai ser óptimo. Já está a ser.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

segunda terça quarta quinta sexta sábado domingo
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março

terça-feira, fevereiro 23, 2010

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

A Cotovia, Ultimamente: este post gostava de ter fins beneméritos.

Foi num dia de Janeiro. Um fim de tarde gélido, casaco de fazenda comprido, cachecol de três voltas, gorro à cabeça e luvas nas mãos.
Foi num dia difícil. Cheguei ao Saldanha à hora em ponto, apavorada com as probabilidades. Andei à procura pelas ruas, tinha um plano bem definido e potencialmente independente. Andei à procura mas não encontrei nada e Marguerite ficou para outra altura. Tinha tentando várias hipóteses e a decisão final foi ser sozinha, ia ser óptimo. Foi péssimo. E depois começou a chover e depois comecei a chorar, pequenina e o sozinha já não era a decisão madura que tinha sido. Um disparate.
Voltei, sozinha mas não tanto num comboio cheio e quente do ar condicionado. Ofereceu-me o jornal o senhor simpático ao meu lado, era um jornal bom e vinha em bom estado, e ele não ficava para o reaver: também não queria saber as horas dos cinemas.
Depois foi o resto, 1km a pé até casa, escuro escuro escuro mas não mete medo - este escuro não mete medo -, até sabe a vida em Paris e cidades grandes independentes. Por pouco.
Era uma velhinha minúscula com dois sacos do minipreço enormes (e o minipreço não era assim tão perto) mais a carteira e um braço partido. O cabelo arranjadinho, casaco de inverno como os das nossas avós, dava-me pelo ombro - era mínima.
Primeiro passei, estava zangada com o meu dia. Mas a velhinha não tinha culpa de eu não ter encontrado o Institut nem de estar a chover. Então voltei. Tive de pedir para lhe levar os sacos e tive de insistir para levar os dois - e não o menos pesado, como sugeriu. Morava logo ali e um dos nove cães com quem vivia, que tinha encontrado na rua, era responsável pelo gesso - que já não era gesso, mas não sei como é que se chama quando se tira o gesso.
Aida Cordeiro. Eu não conhecia esta senhora nem o nome dela. Professora da primária, escreve livros para crianças, ilustra, escreve poesia e encontra miúdas na estrada para as salvar. E cães abandonados.
- Escrevi um livro novo, A Cotovia Ultimamente, está muito bonito.
Claro que está, minha senhora, um livro que se chama a cotovia ultimamente só pode ser muito bonito. A senhora também é muito bonita.
- Devia ter um carrinho daqueles de levar as compras.
Depois prometeu-me um livro, mas ficou para outro dia. Nunca ninguém me tinha dito que eu era um anjo que lhe veio do céu. A Aida Cordeiro também foi um anjo que me apareceu no caminho para casa, e que não estava em casa quando lá voltei.
Agora não sei se existe mesmo ou se me apareceu só para me salvar aquele dia.

sábado, fevereiro 13, 2010

Adorava saber escrever com graça para mudar o tom a esta casa - é demasiado Emo.
Quero desligar-me (como disse a certa altura) deste consumo do coração, da procura constante de bons ou maus abanões (mas existentes, por amor de Deus!!). Quero puxar a cadeira mais para a frente e mergulhar no que tenho de fazer (tenho e quero). Quero que a luz que insisto em contar aqui pare de ter efeito nesses abanões e seja só uma parte dos dias e uma ajuda a esse tenho de fazer, porque abrir as janelas é melhor do que esperar que as lâmpadas de baixo consumo se decidam a fazer o seu trabalho - e me permitam fazer o meu.
Ultimamente ando em companhia deste senhor aqui em baixo e o que ele me ensina é também profundo - oh, tão mais profundo - e não magoa mas chateia - incomoda. Preenche. Puxa pela minha cabeça e pela minha capacidade intelectual e isso deixa-me um descanso ao coração - que tem uma fome parecida com a do meu estômago. Eu quero escrever em frases curtas, não me corrija o texto para torná-lo num tratado que não fala de mim ou por mim, não gosto de advérbios de modo acabados em -mente, nem de expressões como sendo que e gerúndios no geral, prende-se com, uma vez que e não gosto abusar das vírgulas.
De maneira que vou passar o rio.
E acabo isto a contrariar o objectivo que queria com isto.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Apresento...

J. A. N. 
Estou fascinada com este senhor.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

.....

Sim, estava.

domingo, fevereiro 07, 2010

Mesa de Estudo

Mãe, Maria e eu.

A minha vida é tão boa!

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Half Term

É isto. É mesmo isto.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Só porque hoje tive sol




Sooner or later...
...I hope it's not later

Ele sabe

Aquilo que os sentidos nos dizem ser Primavera é para Deus um pequeno e fugaz sorriso que percorre a Terra. Esta parece então lembrar-se de qualquer coisa que durante o Verão a todos contará, até se tornar mais sensata no grande silêncio do Outono, durante o qual apenas faz confidências aos solitários.

In R. M. Rilke, HISTÓRIAS DO BOM DEUS, história do homem que escutava as pedras