- Do you love her?
- I don't know.
- It's good that you're trying. You wouldn't be you if you weren't the kind of person who's trying to make it work.
- Do you think so?
-Yeah! Means I wasn't wrong about you.
segunda-feira, março 26, 2007
sábado, março 10, 2007
Siri Hustvedt
Aquilo Que Eu Amava
Nunca li um livro que me fizesse ter tantas insónias. Noites e noites sem dormir, a pensar. Uma enorme vontade de criar - plasticamente: eu não pinto nem produzo arte. Mas todas as noites fechei o livro a imaginar telas que poderia pintar.
Fala sobre o Amor - várias formas diferentes de amor - e Perda.
A perda das raízes no Holocausto. A perda do Amor incondicional, que arrasta o amor-paixão para o ódio e depois o vazio. Um amor devaneio que continua a ser o nada - uma alma fraca, as cores de uma personalidade cinzenta que se vão esbatendo. Um amor descoberto e desenvolvido, destruído pela desconfiança. A Morte na Amizade profunda entre dois homens.
Por fim, o Amor de sempre, o verdadeiro, confessado no calor da discussão e não correspondido.
New York.A arte liga todas as personagens. Tríade artística: Criador, Modelo, Espectador. É o triângulo que se mantém ao longo de toda a história, mesmo depois da morte.
A criação lembra-me a minha irmã Filipa: estórias contadas em cubos; poderiam ter sido pensadas por ela.
Epidemias sociais ao longo da História.
Li este livro em duas semanas, parece que estive a lê-lo a vida inteira. Foi aqui que nasceu a minha decisão por Paris. Foi esta história que me atraiu para os "Contos de Fadas": o que está por trás de cada história? O livro que vou começar a ler amanhã foi comprado há quatro dias, só por causa desta inspiração para estudar a "moral da história".
Livros que levam a livros.
Cresci nestas duas semanas. Descobri Aquilo Que Eu Quero Amar. Sem pensar especialmente nisso, agora sou capaz de dizer que toda a actividade criativa em Aquilo Que Eu Amava manteve o meu cérebro a funcionar mesmo quando não estava a ler, a planear tudo o que eu quero fazer, tudo o que percebi que posso perfeitamente fazer: estudar qualquer coisa só pelo curiosidade de conhecer, viajar sozinha, viver numa capital europeia muito cosmopolita, conhecer primeiro a minha cidade - não só a escola, não só a noite, não só o metro: aquilo que visita quem vem para conhecer).
É tudo isto que me vai fazer crescer, tornar-me na mulher que quero ser.
Não sei se é um exagero, não sei se tem a ver com uma fase qualquer por que esteja a passar, mas foi dos livros mais inspiradores que li até hoje.
Foi a primeira vez que chorei no comboio, sem reservas, por causa de um livro.
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