- Dois ovos
- Algumas fatias de queijo
- Três fatias grossas de fiambre
- Meio tomate
- Azeite aromatizado com alho
- Sal grosso
- Uma manga
- Um litro de água
- Folhas de Chá Verde
Bate-se os ovos com uma pitada de sal fino e reserva-se. Passa-se cada uma das fatias de fiambre pela frigideira escaldada, não mais que dez segundos cada. Corta-se o tomate em fatias finíssimas, tempera-se com sal grosso e azeite. Lava-se bem a manga e corta-se metade, mesmo com casca. Deita-se os ovos numa frigideira, sem mexer, junta-se as fatias de queijo no meio e dobra-se a dois terços. Ferve-se a água e junta-se as folhas de chá verde, deixa-se repousar durante cinco minutos.
Sugestão: se tiver cogumelos frescos, pode salteá-los com manteiga e servir em torradas muito fininhas.
Serve-se com o jornal da manhã, na varanda, depois de uma caminhada de 45 minutos em passo rápido. Café opcional.
Bom fim de semana.
sábado, março 15, 2008
sexta-feira, março 14, 2008
Hoje foi um bom dia para
Acordar às 7h.
Andar de comboio com o sol a nascer.
Vestir uma saia.
Ter dois dias acumulados de e-mails para ver.
Almoçar na sala fresca.
Rir às gargalhadas.
Saber que não sou a única contente com o meu trabalho.
Sentir o Amor da G.
Descobrir que qualquer coisa mudou. Descobrir, não. Assumir.
Sair mais tarde porque há coisas para fazer.
Ir buscar os sapatos que estavam a arranjar.
Sorrir a um estranho no metro.
Andar no Chiado.
Escolher andar a pé em vez de metro.
Ver o sol na Rua Garrett.
Ter de me desviar de pessoas.
Olhar para dentro de um prédio em recuperação.
Ver que a Primavera está a chegar na forma de Jacarandá.
Ouvir umas pessoas a falar francês no comboio.
Não mudar de vida, mas adaptar o que tenho ao que quero.
Começar o fim-de-semana sozinha em casa.
Fazer bolachas.
Andar de comboio com o sol a nascer.
Vestir uma saia.
Ter dois dias acumulados de e-mails para ver.
Almoçar na sala fresca.
Rir às gargalhadas.
Saber que não sou a única contente com o meu trabalho.
Sentir o Amor da G.
Descobrir que qualquer coisa mudou. Descobrir, não. Assumir.
Sair mais tarde porque há coisas para fazer.
Ir buscar os sapatos que estavam a arranjar.
Sorrir a um estranho no metro.
Andar no Chiado.
Escolher andar a pé em vez de metro.
Ver o sol na Rua Garrett.
Ter de me desviar de pessoas.
Olhar para dentro de um prédio em recuperação.
Ver que a Primavera está a chegar na forma de Jacarandá.
Ouvir umas pessoas a falar francês no comboio.
Não mudar de vida, mas adaptar o que tenho ao que quero.
Começar o fim-de-semana sozinha em casa.
Fazer bolachas.
sábado, março 08, 2008
Uma dor que não é dor - é vazio.
Vazio outra vez, estou de volta a qualquer coisa que não conheço. Mas este vazio é diferente, já reparaste? Vem cheio de um espaço que tem espaço lá dentro. E se tento perceber, fora do tempo que não tenho, de quem é este espaço, descubro que o espaço é só meu, de ninguém mais. Não conforta. Não aquece. Não tem um abraço nem um ombro onde me posso encaixar. Não me protege, nem de mim, nem da vida que parece que tenho agora, nem do frio de que me vesti. Comecei com "Uma dor", mas não será antes uma não-dor-nem-prazer-nem-nada-que-preencha?
"Vives para ti, estás a construir o teu caminho". Não sei se quero construir um caminho que vou fazer sozinha, talvez prefira não conhecer as curvas, pode ser que numa delas estejas tu à minha espera, mão estendida para me ajudar a subir. Tu, quem? Pois...
Tenho uns sapatos novos de princesa. Mas as princesas também têm bolhas nos pés, e também sofrem ao fim do dia por causa dos saltos altos, principalmente as que vão de metro para o emprego. Porque é uma dessas que quero ser, acho eu, só não quero é usar saltos altos porque me obrigam. Só porque sabem que magoa. Eu não sei porquê, mas julgo as pessoas pelos sapatos. Desculpem as pessoas que não sabem calçar-se, é uma espécie de compulsão, acho eu. Os meus sapatos definem-me (já não são só 33 pares).
Faço bolachas de aveia porque fazem bem à cabeça, mas enquanto espero que saiam do forno e a casa cheira a massa de bolachas, não consigo pensar noutra coisa. Posso fazer bolachas para ti, se quiseres, acho que ias gostar. Não vale a pena, não ias valorizar o gesto, ias achar infantil e desajustado, não estou para me sujeitar, desculpa. Tento outras maneiras de chegar a ti, e sei que nenhuma delas é francamente verdadeira, em nenhum desses meus planos sou verdadeiramente eu.
Aproveito a tarde sem sol para ir ao cinema sozinha, "estar comigo".... Mais ainda? Mais comigo? Começo a fartar-me da minha companhia, é mais suportável quando posso partilhá-la com alguém. Ninguém me conhece como eu, é pena. É pena. Oito horas por dia não chegam para me conhecerem, e se não tenho tempo para mais, a culpa não é minha. Agora que os meus dias se definem numa rotina 24/7, o meu mundo ficou para trás, não pertenço aos meus espaços, se pensar bem, não são meus (quero que sejam?). Acho que o meu Mundo não está sequer neste hemisfério. Não sei, não sei.
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