Hoje recebi notícias que me deixaram a explodir de contente. Não são minhas, mas são uma alegria, indiscutivelmente.
E depois disso fiquei a pensar nas coisas em que já andava a pensar mas não sabia. Só chamei a minha própria atenção para o facto de já estar a pensar nisso. Sempre, pois.
Porque o que penso todos os dias e digo todos os dias (hoje disse duas vezes a duas pessoas diferentes) é que a minha vida é um espectáculo! Mesmo! A minha vida, os meus dias, a minha casa, o meu trabalho que adoro, o meu curso, de que gosto ainda mais, e tudo o que vejo que está a vir ter comigo agora. Que, na verdade, não vejo, porque se olhar conscientemente para os tempos daqui a uns tempos, não há nada de definido a acontecer, não que nada esteja a acontecer nesse tempo, mas nada que eu possa prever.
Está tudo a acontecer mas tudo para acontecer, e isso é ainda mais maravilhoso, mas muito muito mais assustador, porque se um dia acordo e não me parece ter assim tanto para agradecer (e é inegável que esses dias existem), vou agarrar-me é ao "não posso prever", ao "não tenho nada definido" e ao "e agora?".
É essa a minha principal luta, e a minha força está em ganhar a esses dias.
Notícias como a de hoje dão-me a certeza de que estou realmente a fazer o meu caminho - no sentido de construir o meu caminho - e de que esse caminho é tão bom como este Agora em que estou tão deslumbrada.
Há uma parte de mim que é minúscula, ainda, que abraça todo este encantamento, talvez seja essa parte mais ou menos nova que me tira o outro medo, porque nada mete mais medo do que uma parte minúscula que abraça a vida inteira. E, caramba, tem uma capacidade de multiplicação que pode tornar-se incontrolável, mas que maravilha! E que medo. Enfim (possivelmente, foi só por causa desta parte minúscula que vim aqui escrever isto, acho que me apetecia escrever sobre ela mas não sabia como começar).
Ah, ia-me esquecendo: a minha vida é um espectáculo!
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